

“Deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês” (Paulo de Tarso)
A não ser que você possua um diploma em Direito ou Filosofia, existe uma boa chance de você não saber ou não se lembrar do que significa a palavra “falácia”. O conceito é simplesmente “um erro de raciocínio”. Cometemos uma falácia quando chegamos a uma conclusão falsa ou quando utilizamos meios errados para chamar atenção chegar a tal conclusão (ainda que ela seja verdadeira).
Existem inúmeros exemplos de falácias identificadas pelos filósofos, algumas até receberam nomes bem interessantes. Porém, hoje quero tratar de uma em específico que pode estar afetando a sua vida. Seu apelido em inglês é Sunk Cost Fallacy, ou traduzindo, Falácia do Custo Afundado.
Esse nome é retirado dos vocabulário dos estudos em Economia. Um custo é dito afundado quando houve um gasto irrecuperável. Um clássico exemplo é o investimento realizado no projeto do avião supersônico Concorde. Aparentemente o consórcio franco-britânico continuou a despejar dinheiro no projeto mesmo após ele ter perdido seu valor comercial. Esse investimento não teve retorno significativo.
E o que é a tal Falácia do Custo Afundado?
Cometemos esse erro de raciocínio sempre quando tomamos uma decisão baseada unicamente em um gasto que não poderá ser recuperado em nenhuma hipótese. Vou dar alguns exemplos para você notar o quanto pode estar perdendo tempo, dinheiro e até saúde com essa falácia.
1) Lazer: “Vou continuar lendo esse livro chato/ assistindo a esse filme estressante, pois já passei muito tempo lendo/assistindo”. Pense bem. Ao terminar de ler o livro ou de assistir ao filme, seu tempo perdido será recuperado? Não. Pelo contrário, você só vai perder mais tempo fazendo algo que não gosta.
2) Relacionamentos: “Realmente não somos compatíveis, mas já gastei tanta energia nesse namoro. Melhor casar com ela/ele mesmo, certo?”. Errado. Pelo menos se for por esse motivo. A energia mental ou emocional que você gastou se foi. Já era. Não vai mais voltar. O que você irá fazer é apenas gastar mais energia e mais tempo em um relacionamento fracassado.
3) Formação: “Esse curso não vai me acrescentar em nada na vida profissional, mas já gastei muito dinheiro come ele…”. Espere. Você já pagou? E já detectou que o curso não te dará um retorno profissional? Isso significa que seu dinheiro já foi para o ralo. Por que motivo você vai continuar gastando seu tempo (algo que também não volta) nesse curso mesmo?
4) Alimentação: Se você nunca passou por nenhuma das situações acima, essa com certeza já te aconteceu. É a queridinha dos nutricionistas de plantão. Você está naquele restaurante por kilo. O olho foi maior que a barriga. Mas você diz: “É, já paguei. Agora o jeito é comer”. Mais um exemplo de custo afundado. Seu gasto não será recuperado. E eu nem preciso explicar o que vai acontecer com esse excesso de caloria que você ingeriu, não é?
Poderíamos gastar horas discutindo como os psicólogos explicam as razões de nós adotarmos tais motivos tão incoerentes para agirmos. Cada escola da Psicologia abordaria o tema de uma maneira diferente. Mas a ideia geral é que, ao longo da vida, adotamos crenças (não apenas no sentido religioso) que nem sempre são verdadeiras e, às vezes, nos atrapalham a viver plenamente.
Veja o que Paulo escreveu sobre isso: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12:2)
Claro que ele se referiu a todo tipo de crenças e padrões de pensamento enganosos que nos distanciam do propósito que Deus tem para a nossas vidas: uma vida de felicidade consigo mesmo, com outras pessoas e com o Criador.
Que tipo de crenças tem te desviado do objetivo de Deus para a sua vida? Você já parou para fazer uma séria reflexão sobre elas? Elas são verdadeiras? Ou são apenas mentiras com roupa de verdade? Que tal tomar um tempo para avalia-las hoje?
Excelente o texto! Parabens, Fer!
Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro. (Salmos 4:8)
É fundamental que o corpo descanse durante a noite para recuperar energias e relaxar as estruturas musculares. Uma noite bem dormida pode evitar sintomas como cansaço, mau humor, dores nas costas, dores de cabeça. Pessoas com insônia geralmente começam o dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia e têm o desempenho no trabalho ou nos estudos prejudicado por causa deste distúrbio. A qualidade de vida da pessoa, em geral, costuma ficar comprometida.
Esse distúrbio do sono é caracterizado pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono ou ainda a percepção de um sono não reparador durante pelo menos um mês, com prejuízo na atividade social e/ou profissional. Do ponto de vista polissonográfico, é acompanhada de alterações na indução, na continuidade e na estrutura do sono.
Devido ao grande número de pessoas atingidas e às suas repercussões, a insônia torna-se um problema de saúde pública. Na maioria das vezes a insônia está relacionada a uma redução da quantidade de horas necessárias para um sono satisfatório. E não está definida pelo tempo que uma pessoa dorme ou gasta para cair no sono. A necessidade de sono varia de indivíduo para indivíduo.
Na maioria dos casos a insônia é do tipo psicofisiológica, na qual estão envolvidos:
➢ Fatores predisponentes, como um nível aumentado de alerta e vigilância, idade avançada (devido principalmente às alterações nos padrões de sono e a problemas de saúde), tabagismo, etilismo, dependência química, sexo feminino (principalmente durante e após a menopausa), história de insônia em familiares, depressão e outros distúrbios psiquiátricos, doenças orgânicas (artrite, problemas renais, doenças cardiovasculares e pulmonares, doença do refluxo gastroesofágico, distúrbio da tireóide, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, doença cerebral isquêmica, doença de Parkinson e Alzheimer).
➢ Fatores desencadeantes como mudança de trabalho, dificuldade financeira, perda de ente querido, situações familiares e pessoais de conflito.
➢ Fatores perpetuadores como a manutenção de hábitos inadequados em relação ao sono: expectativa e preocupação em ter dificuldade para dormir, preocupação excessiva com o trabalho, ingestão excessiva de cafeína, beber álcool e/ou fumar antes do horário de dormir, soneca excessiva de manhã ou de tarde, horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados (ficar assistindo TV ou no computador até tarde da noite), ciclos irregulares de sono/despertar (por um trabalho noturno, por exemplo), uso de medicamentos que podem interferir na capacidade de uma pessoa adormecer ou permanecer dormindo, comer alimentos pesados ou em muita quantidade antes de dormir e a falta de atividades diárias pode interferir em uma boa noite de sono.
A insônia crônica pode resultar em distúrbios da memória e concentração, ansiedade, depressão, irritabilidade, dores de cabeça localizadas, problemas gastrointestinais, preocupações contínuas com o sono, sentimento de insatisfação constante, baixo rendimento profissional, prejuízo do convívio social e aumento do risco de acidentes com veículos automotores.
Então, se você tem dificuldade para dormir, aproveite as dicas para uma boa noite de sono:
O tratamento da insônia se inicia após um diagnóstico correto, da identificação e abordagem da causa da insônia quando podemos detectá-la. Em geral, a prescrição de medicamentos que ajudam a dormir e não provocam dependência química, associada a medidas comportamentais e cognitivas, é a melhor forma de tratamento. Os médicos e profissionais da saúde, como psicólogos e assistentes sociais, podem ajudar as pessoas com insônia a reconhecerem os seus sintomas, os seus hábitos, por vezes inadequados e, por meio de aplicação de técnicas especializadas, podem proporcionar uma melhor qualidade de sono e de vida.